Que me perdoem as contidas, mas confesso: tenho um fraco pelas molecas.
Mulheres que, por trás de um olhar sereno, escondem uma alma travessa, no sentido mais puro e infantil que se possa imaginar. Adoro o brilho que irradiam quando as faço rir de forma despreocupada, da liberdade com que agem, da vontade insaciável de viver e, principalmente, da intensidade de seus espíritos. Não me contento com o fácil; prefiro o desafio: quero aprender, debater, convencer, e até comprar brigas, se for preciso.
Mas vamos ao que interessa: parece existir um botão invisível que, quando acionado, as faz regressar aos seus 9 ou 10 anos de idade. E isso acontece nos momentos mais inesperados. Aquela moça culta, de ar intelectual e discurso refinado? É justamente ela que se transforma na menina mais encantadora quando se solta.
Adoro seus gestos impulsivos, seu vocabulário cheio de graça, as brincadeiras sem sentido, as atitudes despretensiosas e, por incrível que pareça, até a habilidade que têm de me deixar sem reação em situações constrangedoras.
Amo a simplicidade de uma roupa largada numa tarde chuvosa – ou a falta dela –, as guerras de travesseiro, as brigas de pipoca no meio do filme, e até a escolha do pior filme só para fazer piadas. Ou do melhor filme, que acabamos esquecendo porque... bem, você sabe. Amo o jeito dengoso, de gata pidona, seja quando estão doentes, acabando de acordar (e eu poderia passar horas admirando aquela cena desarrumada, com os cabelos rebeldes e um fio de baba no canto da boca) ou em qualquer outro momento.
Sim, amo – mesmo que nem sempre demonstre – as corridas na areia da praia, os beijos roubados e apaixonados no meio da rua, os banhos de chuva de propósito. Aquele "ligar o foda-se" para o mundo, como se nada mais importasse. Amo as caretas, as implicâncias, as gozações. Amo as provocações intelectuais, as conversas profundas regadas a um bom drink – ou a uma Farinha Láctea no fim da noite. Amo o jeito sorrateiro como ela vai ocupando o sofá, deitando no meu colo e, quando percebo, já está dormindo.
E, claro, como nada é perfeito (ainda bem), amo até as discussões, os bate-bocas, a projeção de raiva que vem do estresse dessa vida adulta tão cinza. E como tudo isso termina num abraço apertado, seguido de um choro que lava a alma.
Quem sabe um dia eu encontre alguém tão impulsiva quanto eu, disposta a embarcar em aventuras sem planejamento, mesmo que isso signifique passar o resto do ano no vermelho.
No fim das contas, amo porque, dessa forma, me sinto livre para amar do jeito que sou. Não preciso pisar em ovos ou caminhar sobre o campo minado de um amor "maduro". É justamente essa profundidade que me fascina nas molecas: um amor que se expressa não só em palavras, mas em gestos que dão vida e significado ao que, de outra forma, seria apenas uma abstração. Um amor infantil, como todos deveriam ser: sem interesses, sem julgamentos, sem traumas, sem vícios. Simplesmente amor.
Amo, mas confesso que nunca conheci alguém tão louca quanto eu para ler tudo isso e dizer: "Eu sou essa pessoa". Afinal, quem não carrega uma criança dentro de si? Quem não é, no fundo, uma criança disfarçada de adulto?
Mulheres que, por trás de um olhar sereno, escondem uma alma travessa, no sentido mais puro e infantil que se possa imaginar. Adoro o brilho que irradiam quando as faço rir de forma despreocupada, da liberdade com que agem, da vontade insaciável de viver e, principalmente, da intensidade de seus espíritos. Não me contento com o fácil; prefiro o desafio: quero aprender, debater, convencer, e até comprar brigas, se for preciso.
Mas vamos ao que interessa: parece existir um botão invisível que, quando acionado, as faz regressar aos seus 9 ou 10 anos de idade. E isso acontece nos momentos mais inesperados. Aquela moça culta, de ar intelectual e discurso refinado? É justamente ela que se transforma na menina mais encantadora quando se solta.
Adoro seus gestos impulsivos, seu vocabulário cheio de graça, as brincadeiras sem sentido, as atitudes despretensiosas e, por incrível que pareça, até a habilidade que têm de me deixar sem reação em situações constrangedoras.
Amo a simplicidade de uma roupa largada numa tarde chuvosa – ou a falta dela –, as guerras de travesseiro, as brigas de pipoca no meio do filme, e até a escolha do pior filme só para fazer piadas. Ou do melhor filme, que acabamos esquecendo porque... bem, você sabe. Amo o jeito dengoso, de gata pidona, seja quando estão doentes, acabando de acordar (e eu poderia passar horas admirando aquela cena desarrumada, com os cabelos rebeldes e um fio de baba no canto da boca) ou em qualquer outro momento.
Sim, amo – mesmo que nem sempre demonstre – as corridas na areia da praia, os beijos roubados e apaixonados no meio da rua, os banhos de chuva de propósito. Aquele "ligar o foda-se" para o mundo, como se nada mais importasse. Amo as caretas, as implicâncias, as gozações. Amo as provocações intelectuais, as conversas profundas regadas a um bom drink – ou a uma Farinha Láctea no fim da noite. Amo o jeito sorrateiro como ela vai ocupando o sofá, deitando no meu colo e, quando percebo, já está dormindo.
E, claro, como nada é perfeito (ainda bem), amo até as discussões, os bate-bocas, a projeção de raiva que vem do estresse dessa vida adulta tão cinza. E como tudo isso termina num abraço apertado, seguido de um choro que lava a alma.
Quem sabe um dia eu encontre alguém tão impulsiva quanto eu, disposta a embarcar em aventuras sem planejamento, mesmo que isso signifique passar o resto do ano no vermelho.
No fim das contas, amo porque, dessa forma, me sinto livre para amar do jeito que sou. Não preciso pisar em ovos ou caminhar sobre o campo minado de um amor "maduro". É justamente essa profundidade que me fascina nas molecas: um amor que se expressa não só em palavras, mas em gestos que dão vida e significado ao que, de outra forma, seria apenas uma abstração. Um amor infantil, como todos deveriam ser: sem interesses, sem julgamentos, sem traumas, sem vícios. Simplesmente amor.
Amo, mas confesso que nunca conheci alguém tão louca quanto eu para ler tudo isso e dizer: "Eu sou essa pessoa". Afinal, quem não carrega uma criança dentro de si? Quem não é, no fundo, uma criança disfarçada de adulto?