sexta-feira, dezembro 17, 2004

As minhas férias

Já tava na hora de postar novamente né?

Aliás, para vocês, caros e fiéis leitores -por vezes anônimos, este tema já era de se esperar.

Não foi fácil. Eu fiz neste período oito matérias, o que já é, pelo menos em História, uma maneira de se esgotar mentalmente. Imagina fazer estas oito provas em 4 dias, três vezes em 4 meses? Noites sem sono, ou melhor, com muito sono, mas acordado compulsoriamente. Não digo que não gosto, pelo contrário, amo muito tudo isto (E q o McDonalds que me processe!), mas que cansa, ah, não tenha dúvidas.

Quinta-feira já estava de férias, e o resto daquela semana foi maravilhoso: acordava tarde, nem quer ver livro na sua frente, passava a tarde estudando música (é, este é um dos meus passatempos, eu amo musica, e já dizia uma canção: "Se é bom ouvir, imagina tocar"), dormia de madrugada, vendo Jô e Jogando Winning eleven (um joguinho de futebol muito maneiro), em suma, estar de férias.

Mas o que é bom dura pouco...

Não é que na segunda seguinte eu acordo cedo (vcs estão lendo o blog de um quase garfield), vou para a Internet e não vejo graça nenhuma. Vou pegar no violão, meus dedos calejados agradecem a minha desistência após algumas canções de Chico e Gil. Sinto-me fatigado com as minhas goleadas no winning eleven. Depois, o que eu ganho de presente antecipado de natal do meu pai? Uns dois livros que nunca imaginei que ele fosse comprar - sabe aquela coisa de jogar verde?Foi o que ocorreu. Dois livros da bibliografia do mestrado que quero fazer, em história política. Ora, para mim isto é um sinal de que minhas férias tinham acabado.

Estudar para o mestrado? Vc não está querendo colocar a carroça na frente dos burros? Com planejamento e bom senso, não. Pelo contrário, acredito que dará um upgrade na sua formação, o que será muito útil neste meu último ano de faculdade. Estudar os teóricos, os clássicos, ainda mais que o meu projeto, salvo qualquer tipo de catástrofe, será com base na minha pesquisa monográfica, pois não irei estudar no mestrado o movimento estudantil nos EUA na década de 60, sendo que minha monografia foi sobre Vargas, como fez o meu amigo e mestre gafanhoto Rodrigo Farias de forma brilhante.

Aliás, Rodrigo deixou de ser apenas um orientador de icq para mim. Tornou-se uma referência. Se hoje vocês me perguntarem com que quero me parecer na minha carreira, direi: Rodrigo farias. Além de ótima companhia de icq, é um intelectual nato. Por vezes, a sua ajuda na minha monografia é mais pertinente do que de alguns professores. E olha que não está me pagando nada para eu escrever aqui. O seu êxito de passar em segundo lugar no mestrado da UFF, só vem a demonstrar que estudar em faculdade particular ou pública é indiferente, desde que você se dedique e ame o que faz: nunca se esqueça, é o aluno que faz a faculdade, e não o contrário.

Período de férias é o melhor período para se estudar. Não taquem pedras ainda, eu explicarei.

Quando você estuda muitas matérias, e num nível de exigência alto, você tem que se concentrar nas matérias, e acabamos por deixar algumas leituras importantes, mas não obrigatórias, para nossa formação de lado. Nas férias, vc não precisa ficar o dia inteiro estudando. Uma manhã, ou uma tarde são suficientes para você ler um capítulo, e aí quando se vê no final das férias, vc leu dois, três, as vezes 4 livros, que só te acrescentou , e que não te cansou. Você não se priva da sua diversão, mas também não se afasta totalmente da História.

Eu costumo dizer que nem o mercado, nem as universidades querem os bons: eles querem os melhores. Para ser um dos melhores (ser o melhor é uma utopia na qual não me interesso), é preciso sacrifício, e para você se sacrificar, é necessário disposição. E de mais a mais, eu gosto do que faço.

Um colega meu, nestes últimos dias, estava com uma certa crise: tudo que ele planejou, ele alcançou. E agora? Uma pessoa sem metas é uma meia-pessoa. Se vc esgotou todos os seus sonhos, ta na hora de sonhar mais. Meu sonho era concluir uma faculdade em 2001. Agora em 2004, um dos meus sonhos, entre outros de cunho pessoal e sentimental, é o mestrado. E com certeza em 2006, meu sonho será o doutorado, e por aí adiante. Colocar metas em curto prazo constantemente, nada de "Com 50 anos eu irei ter a minha casa própria", é um motivador. Enquanto há uma cobrança interna, há uma alegria em cumpri-las.E não basta apenas falar: é necessários todo um planejamento e o cumprimento deste. Quanto mais sonhos você desistir, ou deixar pela metade, menos acreditará que possa alcançá-los. Quando adolescente, eu desisti de um curso de Inglês. Hoje, procuro formas urgentes de concluir o curso. É claro, voltando ao assunto principal, que não alijarei do meu estudo a faculdade. Como disse, deve haver planejamento e bom senso. É a questão de dar prioridades: a prioridade é a faculdade, é o estudo e o futuro 10 que tanto busco na minha monografia. Os estudos não se excluem, muito pelo contrário, se completam e acrescentam um ao outro. Então, porque não tentar?

É engraçado que enquanto estamos no semestre letivos, sonhamos com as férias. E quando elas chegam, a gente sente falta das aulas.

Estas são as minhas férias

Será que eu sou o único doido?

Feliz Natal, próspero ano novos, e nos vemos em 2005.