quinta-feira, agosto 14, 2008

Finitude - A Repercussão

"Com tantos problemas, repouso em ti, ó música, e minha alma se regenera" (Poesia que inspirou a foto)

Mentira: so queria mostrar meu novo chapéu e meu Pierrot* .______________//___________

Aliás, achei uma chapelaria na Marechal Floriano que é agora é meu novo point.
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Enfim, respondendo a algumas indagações depois do meu texto (obrigado a tds q responderam, não é pra amaciar o ego, é pra melhorar a redação msm que peço que vcs comentem)

1. Você terminou com sua namorada?

Nelton: Não, esse texto estava engasgado já faz um tempo. Estamos mt bem, diga-se de passagem. Um dia posto fotos do nosso mais novo programa de domingo de tarde: "A Cozinha maluca de Nelton e Nana".

2. Nelton, vc é gay?

N. Não, não sou, nada contra, mas não sou.

3. Nelton, pq vc escreve uma cronica com linguagem de msn?

N. Pq escrevo minhas crônicas na linguagem daqueles que estão lendo. Não estou escrevendo um texto acadêmico, que tenho que saber as 45 regras de portugues para colocar a virgula...ah, vc entendeu a mensagem? Então, me dá um cadinho de sossego, por favor... se ficar falando mt vou começar a falar assim. Ou ainda pior, eu vou estar começando a estar falando em gerundês de telemarketing, que tal?

4. Nelton, vc é homossexual?

N. Eu já disse que não, né?

5. O texto foi pra alguem em específico?

N. Sim e não. A idéia central partiu de um evento com uma pessoa em particular, mas depois descobri que poderia transformar isso numa catarse coletiva, generalizando para outras coisas e pessoas que tenho que aliviar a bagagem.

6. Nelton, sua coca é fanta?

N. Não, não, e Não. Sou coca, sem frescura de Ligt ou Zero... Da pra sossegar e parar de perguntar?

7. Nelton, pq vc transformou seu blog em flog?

N. Pq ngm le meu blog, ou ngm comenta. E olha q no www.fotolog.com/neltonaraujo, qq um pode responder. Aliás, vou até postar essas respostas lá agora.

8. Nelton, vc é gay?

N. ...

9. Essa sua resposta é um indicativo que sim?

N. Não, é um indicativo q já to ficando de saco cheio...

10. Quem é a Carol? A ex que vc despejou td sua raiva e desprezo nesse texto? Ta pegando?

N. Carol é minha grande amiga, já tem uns 12 anos. Eu to namorando e to feliz, embora a Carol seja linda demais (Homens se candidatem... se vc gosta do Botafogo e não tiver problemas em saber q sua namorada joga futebol melhor que vc, te mando um email). Foi ela quem me provocou. E esse texto não teve raiva nem desprezo, tampouco tenho algum desprezo ou raiva a alguma namorada. Embora algumas me odeiem, eu tenho um enorme carinho por todas, pois elas me fizeram ser um namorado melhor. Silvana agradece...

11. Nelton, vc é gay?

N. Pra que vc quer saber isso? Já to falando há um tempão q não, mas vc não acredita...Vai, então, acredita q sou gay... eu desisto.
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Bjs a todos e daqui a alguns meses volto com algum texto polemico de novo.

So para que saibam, estou em época de qualificação, fico o dia inteiro dentro do mosteiro da Biblioteca da UFRJ. Qd não to, to correndo, malhando, nadando, beijando na boca ou falando com a namorada no Telefone. Mas um dia apareço de volta.

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* Pierrot é o nome do meu baixolão, vc ainda não sabe? Não quer q eu explique de novo não, né?

quinta-feira, agosto 07, 2008

Finitude

Uma grande amiga me disse, ao saber do tema deste post, disse que gostaria de lê-lo, pq em geral ela não sente que eu visto a carapuça do que eu escrevo.

Ledo engano.

Muito pelo contrário, tudo que escrevo são baseados em experiências próprias, dores, alegrias, que eu vivo. Talvez a capacidade de distanciar e me observar sob um ponto de vista irônico, ou doce, ou agressivo, ou apaixonado, generalizando, dê esta sutil impressão. Afinal, são vários Neltons que se manifestam em um só.

Generalizar sempre é perigoso, mas é necessário para quem não tempo, nem vontade – confesso – de fazer um estudo aprofundado. Quem veste a carapuça, amém, quem não veste, aparece no próximo post e vê se se enquadrada. E uma coisa que a grande parte dos homens não sabe, ou não gosta, ou não quer fazer é dar fim as coisas. Ninguém gosta do fim, seja de um bom filme, seja de um bom CD... de um livro então? Nossa, bate até uma depressãozinha leve. Uma novela (e eu sou noveleiro, embora ultimamente não praticante) quando chega ao final, dá até frisson: à hora das revelações e desfechos... mas no início da outra trama, a sensação é de saudade da trama que se findou. (nossa, saiu tão poético... rs).

Mas não nos restringimos só a isso: odiamos dar cabo em coisas mais subjetivas, mais abstratas. A morte é tão mal vista pelos homens menos pelo fato de ser o fim de um ciclo, mas por representar a finitude do próprio ser. Ao nos depararmos com a morte de um ente querido, além da dor de não tê-lo mais entre nós, a alegria de saber que está em outro plano, numa melhor (dependendo da fé de cada um) é sobrepujada por aquela reflexão de que éramos nós que podíamos estar ali, que o tempo escorre pelas mãos, e aí todas aquelas questões filosóficas que varia de pessoa para pessoa.

Mas não precisamos ir a questões extremas para perceber que não queremos largar o cabo da nau. Não precisar cair no lugar comum daquelas quinquilharias e bugigangas que vc não se desfaz nem sob ameaça de morte. Falemos de alma, falemos de emoção: não conseguimos definir bem a hora que devemos dar fim a certos sentimentos a certas pessoas ou a certas coisas. Ex-conjugues que não se tocaram que já acabou, que ta na hora de partir para outra. Conjugues que sabem que a caravela do relacionamento já esta indo pique, mas mesmo assim, não conseguem dar fim, e aí inventam desculpas e pretextos egoístas para pular do barco, como “Vou esperar ela (e) terminar”, “Na próxima oportunidade eu termino”, quando poderiam ter a nobreza de simplesmente dizer a verdade. E, na maioria das vezes, não sabemos findar amizades e sentimentos fraternais que já não valem à pena. Temos aquela visão ultra-romântica de que um amor ou uma amizade (posto que são sentimentos gêmeos) devem durar para sempre, e esquecemos-nos do principal: estes são presentes de Deus, anjos enviados com uma missão, de edificar-nos mutuamente, mas isso não implica dizer que sua hospedagem aqui em nossas vidas é sempre eterna. Mas adianta dizer? Falar alguma coisa?

Não, não adianta, por inércia, por medo da solidão, ou aflição da impotência de ser bem-sucedido socialmente, por gratidão a tudo que houve, ou mesmo, (e acredito que seja a maior razão) por aquela visão esperançosa de que toda aquela “Era de Ouro” vai voltar a se repetir, ficamos batendo na mesma tecla, petrificando nosso coração um pouquinho a cada dia. Cremos que largar o cabo de um relacionamento falido (seja qual for) é um ato cruel, indiferente, desumano, egoísta, quando, na verdade, é a inércia que é desprezível, pois estamos perdendo a oportunidade de sermos felizes no presente, nos segurando nas imagens do passado. Antes que me pergunte se sou contra a investir e insistir num relacionamento, respondo que não. Devemos persistir, relacionamento que é relacionamento passa por crises (e das brabas e sim, no plural!) e não vai ser na primeira crise que devemos largar o barco. Mas temos que ir até onde nossa dignidade permite... Larguemos as carniças que estão atadas as nossas mãos, e levantemos nossos braços para receber os anjos que do céu descem a todo instante.

Não é fácil, não é feliz, dói – e muito -, mas é necessário. E eu sou o primeiro a entrar nesta fila. Há tantas coisas e pessoas que devo largar esquecer, deixar livre para quem busquem sua própria felicidade. Procurar ser uma pessoa melhor, e não desejar o mal do outro. Desejar pagar o mal com bem, mesmo que muitas vezes me veja em situação contrária. Afinal, quem tem luz própria não tem medo de sombras. Mas quem gosta do final?

Se esse texto serve pra vc? Não sei, sei que foi feito pra mim. Visto explicitamente a carapuça, viu Carol?